quarta-feira, 29 de julho de 2009

Idiota completo

Publico aqui coisas engraçadinhas ou divertidas, mas hoje vou soltar um desabafo.
Cheguei na rua em que fica a clínica de fisioterpia que frequento e na vaga de deficiente em frente ao prédio estava estacionada uma moto. Logo atrás da vaga começa um ponto de taxi, de forma que não tenho muito espaço para manobrar, já que a vaga é a primeira da rua, recuada. O dono da moto devia estar por perto, já que o capacete estava solto. Dei uma buzinada, mas ninguém apareceu, então me apertei para colocar o carro. Mas para mostrar ao infeliz que ele estava sendo totalmente incoerente e sem educação, colei o carro na moto dele.
Enquanto eu saía do carro, apareceu o dono da moto, que deu uma olhada com cara feia para a proximidade do meu carro, virou as costas e voltou pra farmácia, onde estava desde o começo. Eu já ia fazer aquele barraco básico, mas pela cara de idiota do cara deixei quieto.
Eis que saio da fisioterapia, todo dolorido, e ao chegar no carro o cara da moto já tinha saído. Fui lá na frente conferir, e não é que o fidumaégua safado sem noção ignorante atleticano amassou minha placa? O imbecil dobrou completamente a placa, mesmo eu fazendo uma força para voltar ela ficou toda amassada.
Detalhe, eu já havia visto ele parado na vaga em outra ocasião e pedi educadamente para ele ceder a vaga, minha de direito. Portanto, ele sabia muito bem que a vaga é de deficiente. Ah, e a moto do cara era uma Falcon, bem cara, não dá pra usar a desculpa de ser minoria pobre revoltada.
Agora me explica uma coisa, o que é que passa pela cabeça de um babaca destes que, mesmo sabendo que está errado, ainda tem a coragem de estragar o veículo de uma pessoa que nada mais quer além do seu direito garantido em lei. Desculpa gente, mas não consigo engolir uma coisa dessas. É nessa hora que eu precisava estar "inteiro" pra socar a cara do animal.
É, a vida de deficiente é passar raiva constantemente, e grande parte das vezes não pode fazer nada. Mas deixa eu ganhar na mega sena pra ver se eu não ando com dois seguranças só pra cuidar destes otários.

domingo, 26 de julho de 2009

Biografia da UFV

Quem se formou em Viçosa, pela UFV, teve algumas experiências únicas, refletidas hoje em milhares de histórias e lembranças. Algumas delas tentamos esquecer, algumas contamos com orgulho, e outras negamos até a morte. Mas, para acabar de vez com o filme de qualquer um, havia uma peculiaridade nas formaturas da UFV, além do álbum de formatura o formando recebia também um álbum de biografias.
Funcionava assim: você pedia aos seus amigos mais íntimos para contar sua história durante a graduação na universidade, destacando seus maiores feitos, suas qualidades e até alguns micos. Mas o que ocorria é que os amigos se reuniam em butecos ou repúblicas e aproveitavam para tomar todas, e a maior parte da biografia era destinada a revelar os micos, vacilos e bebedeiras do sujeito, e o pior, a vítima não podia nem editar o texto, os próprios amigos enviavam para a comissão com uma foto geralmente comprometedora. A minha eu mesmo tirei em no refeitório da UFSC, em Floripa, quando fui a um encontro nacional de estudantes de administração. Eu ainda estava tonto do litro de wiskhy que tomei no dia anterior.
Como eu já chutei o balde e queimei meu filme demais por aqui, vou publicar na íntegra minha biografia. Os autores, Fabrício e Tupã, eram meus melhores amigos na época, quebraram meu galho direitinho, até parece que eu era um alcoólatra bagunçeiro sem noção e mulherengo. Até parece... Vamos à Biografia (devidamente explicada em alguns pontos).
"Nome: Alessandro
Apelidos: Sam, Sanzão, Grande, Cornosam, Queimasam, Golias e Sundown.
Quando chegou já tinha tamanho, mas tamanha era a fama que estava por vir.
Pinta de cara sério, até tentou disfarçar por algum tempo suas verdadeiras qualidades.
Primeiro ficou conhecido como "Rei" (Rei Jorge - referência a São Jorge, que vive na briga com o dragão), pouco tempo depois adquiriu com empenho o seu segundo título, o de presidente do IBAMA, um dos papéis que melhor desempenhou, aparando carinhosamente várias espécies de "bichinhos" (gíria pra mulher feia), alguns até ameaçados de extinção, e de vez em quando uma gatinha.
Lançou na UFV sua filosofia de vida que era "Abaixo a qualidade, viva a quantidade". Para provar sua filosofia, fez várias pesquisas em Viçosa, começando com 3 por final de semana, chegando ao seu ápice em 95, quando juntamente com seus melhores amigos (e fura-olhos nas horas vagas) Alexandre e Fabrício, foi a Blumenau-SC e bateu seu recorde, juntando 25 mulheres na mesma noite.
Uma qualidade do grande Sam é a de segurar as ondas de seus amigos nas bebedeiras, mesmo quando não conseguia segurar nem a sua. Na festa de aniversário do Fabrício, resolveu dar uma de homem-lagartixa, arrastando-se por uma parede "completamente sóbrio".
Grande desportista, não largava sua bike por nada, mas agora dedicando-se aos seu novo hobbie, levantamento de copos, já está ganhando uma leve barriguinha.
Trinta linhas é muito pouco para falar do grande Sam, mas o que fica são as boas lembranças e o reconhecimento da capacidade de um grande amigo."

Não sei de onde esses caras tiraram essas histórias, acho que é porque estavam chapados...

sábado, 25 de julho de 2009

Curtas do twiter

Como funciona a cabeça de um lesado? O dia a dia de um lesado é sempre pontuado por piadinhas infames e frases estúpidas. Mas tem gente (doida) que gosta disso. Por isso (e por ser um pouco nerd) resolvi entrar no tal do Twiter, o site de relacionamento do momento, que é definido como um micro blog. Não tenho muita paciência pra ficar entrando e escrevendo todas as bobagens que passam pela minha cabeça, mas o fato de poder mandar uma mensagem de texto pelo celular direto pra página facilita tudo. Então é isso, entrei pro tal twiter e venho mandando de vez em quando umas frases engraçadinhas (e outras idiotinhas).

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A primeira escara a gente nunca esquece

Uma das primeiras recomendações que recebi quando lesei a medula foi: cuidado para não dar escaras! Ou melhor, úlceras de pressão, já que a recomendação foi dada por médicos e enfermeiras.
Acima do meu leito foi pregada uma folha com as instruções para mudanças de posição, ou melhor de decúbito (nome que achei muito legal e prometi colocar no meu filho. Imagine eu chamando: vem cá, decubitozinho do papai!!). O hospital levava tão a sério isso que me viravam de três em três horas, até de madrugada. Mas eu não achava ruim, sabia o quanto é importante. E além disso eu aproveitava que as enfermeiras iam no meu quarto de madrugada e puxava pra cima de mim, sem querer...
Quando fui pro Sarah, as recomendações dobraram, além das mudanças de posições deitado, disseram também ser muito importante fazer elevação, se levantar da cadeira no máximo de 20 em 20 minutos. Tá, não acredito que alguém consiga manter essa regularidade, mas de tanto falar a gente acaba acostumando a dar uma levantadinha de vez em quando. E isso realmente é muito importante.
O tempo passou e eu sempre atento a isto, sempre tirando onda que nunca tive escara, a ponto de nem acreditar que seria possível hoje em dia acontecer uma escara, já que recuperei bastante sensibilidade. Hoje nem consigo ficar muito tempo na mesma posição, começo a sentir dores nas coxas, glúteo e costas, e estou sempre me mexendo, deitando, ficando de bruços (só quando estou sozinho, por via das dúvidas).
Mas não é que este mês me apareceu uma escara na base da coluna lombar? Começou com um machucado ocasionado pela transferência para o carro, e olha que eu já havia alertado pra isto neste post. O problema é que muitas vezes, por mais que se tenha cuidado, no meio da transferência pode ocorrer um espasmo, e aí é ralado nas costas sem ter como evitar. E como ocorreu um machucado em cima do outro, e o lugar é muito próximo do osso, a ferida abriu um pouco. Nada alarmante, não chegou a dez centímetros. Mas aí vem o alerta: como leigo que sou, quando vi que estava ficando preto no centro achei que era casquinha e já já ia fechar. Minha fisioterapeuta viu e me mandou direto pro médico. Fui ao hospital e deram o diagnóstico: era um início de escara e a parte preta era tecido começando a necrosar (em bom português, morrer mesmo).
Me passaram uma pomada e fizeram um baita curativo, que tenho que trocar todo dia de manhã no hospital, e ainda proteger na hora do banho. Hoje de manhã a enfermeira me disse que já está quase fechando, mais uns três dias e fico livre do hospital. Ainda bem, não aguento mais ir cedinho pro hospital e esperar uma hora só pra trocar um curativo, e olha que entro na prioridade. Só que com esse negócio de Gripe Suína todo mundo corre pra lá no primeiro espirro. Só falta mesmo pegar essa danda dessa gripe... Acho que vou comprar uma máscara!!
Ah, não reparem no cofrinho da foto acima não heim!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Cadeirantes baianas

Duas cadeirantes baianas vão para a beira do mar tomar um solzinho e ver o movimento, curtir a vista do mar, bater um papo sobre as dificuldades dos cadeirantes em Salvador, mas eis que em determinado momento uma vira pra outra:
- Vixe, não te disse que a maré ia subir? Ó paí, ó!
- Oxente menina, num é que essa maré subiu rapidão... você falou isso faz só três horas!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Filho é sempre criança

Até hoje não presenciei uma relação de mãe e filho sem um diminutivo, uma superproteção ou uma preocupação exagerada. O cara pode ter sessenta anos e a mãe noventa, mas sempre tem um "tchau filhinho, leva casaco tá?". Comigo isso sempre foi mais engraçado, eu com 1,95m e minha mãe com menos de 1,65m, ela chegava na minha república em Viçosa me chamando de filhinho (detalhe, olhando pra cima), perguntando se estou me alimentando direitinho e se estou protegido do frio, me matando de vergonha na frente de todo mundo (principalmente das "amigas"). Mas muitas meninas acham fofo, aí eu aproveitava e fazia um dengo...
Mas quem é sensato sabe que conselho de mãe tem que seguir, senão é arrependimento na certa. Eu (quase) sempre faço o que a minha manda, nas vezes em que desobedeci me dei mal (parece até praga, rsrs). Mas a gente entende que é excesso de zelo e só querem nosso bem.
Como todo filho, sou suspeito para falar da minha mãe. Mas quem me conhece, ou acompanha o blog, sabe que minha mãe só falta ser canonizada, porque o que ela já passou de susto comigo não é brincadeira. Pelo menos sei que ela não tem problema cardíaco! Mas sério, já dei muito trabalho pra ela, mas dei também muita alegria (espero mesmo é ter parado finalmente de dar sustos). Não há palavras para descrever minha mãe, só a convicção de que é a melhor mãe do mundo. Olha que linda ela dançando comigo na minha formatura!
Lembrei de uma história verídica que demonstra que não importa a idade, os filhos sempre serão os meninos da mamãe. Algumas vezes são meio meninões mesmo: minha mãe estava fazendo compras e quando chegou nos laticínios, depois de pegar uns Danoninhos e iogurtes, reparou em uma mulher comparando um yakult com um "genérico" (pra mim só o yakult é original). Resolveu ajudar:
- Ah, não leva esse aí não, meu filho não gostou não. E a mulher:
- Hm, bom saber, eu estava na dúvida mesmo. Meu filho também é exigente, afinal já está com quatro aninhos. E seu filho, que idade tem?
Minha mãe parou pra pensar mas não teve coragem de mentir:
- Bem, mês passado ele fez vinte e quatro... (era meu irmão, na época tinha essa idade)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Rios e Cachoeiras

Uma das atividades que sinto falta e se tornou praticamente impossível para mim hoje é ir a uma das milhares de cachoeiras que tem aqui em Minas. Conheço muitas cachoeiras lindas e muitas vezes eu acampava perto das quedas d'água, ficava ouvindo o barulhinho a noite toda, relax total.
Já estive nos principais parques nacionais em território mineiro, como o da Serra do Cipó, Ibitipoca e Canastra. Próximo a Viçosa, onde morei 13 anos, também há lindas cachoeiras. Uma que frequentava muito era a Cachoeira Grande, da foto acima. Juntava um grupo de bike e pedalávamos até lá (70km), e depois daquele banho de cachoeira, fazíamos um rango nas pedras, curtindo o visual. Entrava atrás da queda, nadava nas piscinas naturais, subia pela lateral até o topo e ainda voltava pra casa pedalando mais 70 km. Ô disposição...
E quando dava na telha pegava um fim de semana e ia para uma cachoeira dessas para acampar, e aí sim curtia muito os mais quentes dias de verão. Rolava sempre um rango feito naqueles fogareiros com um mini botijão, ou até em fogueira improvisada mesmo. A gente comia macarrão, alguns filés preparados em casa ou um miojo basicão mesmo.
Uma das mais lindas que conheço é a Casca D'anta, no parque nacional da serra da canastra, a 300 km de Belo Horizonte. Ela parece cortar a montanha, despencando de 200 metros em um cenário de tirar o fôlego. Fica dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, que pega parte dos municípios de São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, no sudoeste de Minas Gerais.
Há local próprio para camping, mas se quiser comer por lá só fazendo ou indo a uma das cidades próximas. A mais estruturada é São Roque de Minas, de onde é possível visitar, na parte de cima da cachoeira, a nascente do Rio São Francisco. Tenho uma história engraçada sobre a viagem pra Serra da Canastra, que contei neste post.
Outro lugar maravilhoso e bem servido de cachoeiras é Lavras Novas, no município de Ouro Preto. Já fui dezenas de vezes pra lá, passei carnaval e semana santa, já fiquei em pousadas e acampado. O clima do lugar, os bares e restaurantes e as pousadas charmosas são um exemplo das delícias do interior de Minas, ainda mais se acompanhado de comida mineira e uma pinguinha pra esquentar.
Geralmente juntávamos uma grande turma e alugávamos uma casa ou ia todo mundo pra mesma pousada. Numa dessas ficamos na Serra do Luar, fomos em quatro casais, meus pais inclusive. Outra vez fomos passar carnaval, nem lembro quantos eram, acho que umas doze pessoas. Alugamos uma casa (uma azul com janelas brancas, no site principal ela aparece num gif animado) e eu e um amigo ainda levamos barraca, acampamos no quintal. Eis que numa noite cai uma chuva daquelas, um pé d'água, ou melhor, a perna inteira. Eu levava um colchão de espuma que tinha, e de repente senti uma sensação de molhado. Liguei a lanterna e reparei que eu e a namorada estávamos ilhados no colchão, a barraca estava furada e entrou água pra caramba. Corri pra dentro da casa e levei o colchão junto, deixei ele secando perto do fogão enquanto tomava um chocolate quente, dei mais uma torcida nele e dormimos na cozinha mesmo. O pior é que no dia anterior um cara achou um escorpião na camisa! Noite tensa... Mas no final deu certo, coloquei silver tape na barraca e ainda usei mais umas vezes!
Obs: como eu era comprido e magro, na primeira foto!!!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Oktoberfest 95

Putz, dá até vergonha colocar o ano ali em cima, parece que já sou um coroa, um tiozão que curtiu as melhores festas há mais de uma década, quase uma década e meia. Não tá longe da verdade não, a década de 90 foi a que mais curti, não tinha limite pra festa, viagem, acampamento, ou qualquer bagunça acompanhado ou não. Não tinha tempo ruim, não ligava para acomodações, bastava ter um colchão pra cochilar e um banheiro básico para as necessidades e, talvez, um banho (porquinho, heim).
Em 1995, com apenas 22 anos, realizei o sonho de ir a Blumenau pra ficar uma semana na Oktoberfest, a segunda maior festa da cerveja do mundo, perdendo apenas para a Oktoberfest da Alemanha. Juntei meus melhores amigos e companheiros de gole na época, Tupã e Fabrício, pedi o carango emprestado pro meu pai e planejamos a viagem. Como estudantes duros que éramos, decidimos levar barraca e procurar um camping. Conseguimos uma barraca emprestada, e o dono garantiu que dava pra duas pessoas numa boa. Combinamos que quem chegasse mais bêbado dormiria no carro.
Jogamos as mochilas e colchonetes no porta malas e caímos na estrada. Como não tínhamos pressa dividimos em dois dias os 1300 km. Fomos curtindo o visual e mexendo com a mulherada nas cidades onde passamos. Escureceu e paramos em Bragança Paulista. Descolamos um hotelzinho de primeira, classificado internacionalmente com meia estrela, muito bem decorado com teias de aranha, insetos e roedores. Fomos pra baladinha da cidade, azaramos algumas e Tupã resolveu tentar a sorte grande na mais gatinha do lugar. Chegou no grupinho, foi triplamente esnobado e voltou com a esfarrapadíssima desculpa: "acho que ela é surda, falei e ela não respondeu, a amiga dela falou que ela tem problema". Nós concordamos, o problema dela é não dar idéia pra neguim que se acha.
Saímos no dia seguinte de manhã e no meio da tarde chegamos a Blumenau. A cidade é linda, estava super movimentada por causa da festa, cheia de mulher bonita. Procuramos um camping e descobrimos o Camping Clube do Brasil, bem perto do centro, uma grande área gramada, restaurante e bons banheiros. Montamos a barraca e descobrimos que ela servia pra no máximo uma pessoa e meia. Sem problemas, fomos para o pavilhão da festa. Pra esquentar mandamos meia garrafa de whisky pra dentro. Entramos e nos impressionamos com o tamanho e a organização do evento, as roupas típicas e a quantidade de gente. Nos sete dias que passamos lá o lugar estava lotado de gente chapada e não saiu nem uma briga. Só no sul mesmo.
O chopp era servido em copo de 550ml, quase uma cerveja inteira. Tomamos alguns e iniciamos a caça. Já prevendo que íamos nos separar combinamos de encontrar na saída lá pelas quatro da matina. Deu a hora e encontrei com o Fabrício na porta, mas nada do Tupã. Quatro e meia e nada. Quinze pras cinco, resolvemos ir embora, preocupados porque ele era o mais chapado na entrada, imagina na hora de ir embora. Pior que o carro estava num lugar distante, numa ruazinha difícil de achar. Demos algumas voltas e encontramos o carro, e qual foi a surpresa ao perceber que havia uma figura dormindo no capô, ninguém menos que Tupã. Até hoje não sabemos como o cara achou o carro.
Dormimos apertados na barraca e Tupã no carro. No dia seguinte, acordamos lá pelas onze da manhã e fomos procurar café da manhã. Chegando ao centro, bela surpresa, aquele calhambeque da primeira foto rodava pela cidade com uns alemães tocando músicas típicas na caçamba e distribuindo chope de graça. Ótimo café da manhã, bem no estilo "mantenha-se bêbado para não ter ressaca."
Fomos revelar o primeiro filme de fotos e descobrimos que na máquina do Fabrício tinha umas fotos daquelas "mico do ano", em que ele beijava uma, digamos, tiazinha (pra não dizer vovozinha) em uma noite totalmente "fora do ar" em BH. Peguei a foto e saí correndo da loja, e ele atrás de mim. Atravessei a rua e desci pro rio que corta a cidade. Chegando lá em baixo ele conseguiu pegar a foto e jogou depressa no rio. Como vi que ela ficou na beirada, corri e peguei de novo. Ficamos nessa até ele finalmente conseguir se livrar da prova documental. Nesse meio tempo, Tupã que não é besta e estava com os negativos, mandou fazer mais dez cópias da foto.
À noite fomos pro pavilhão e colocamos as fotos em locais discretos, como a portaria, um painel com informações da festa, a bilheteria e ainda distribuímos em alguns grupinhos, torrando completamente o filme do rapaz. Antes que ele apelasse feio deixamos as três últimas cópias pro dia seguinte.
No fim da noite, mesmo esquema, tomamos todas, conhecemos umas quinhentas pessoas e voltamos pro camping de madrugada, desta vez Fabrício era o mais mamado, dormiu no carro. No dia seguinte acordamos cheios de dor, meio tortos, e ao chegar no carro, tava o Fabrício dormindo no banco de trás com o sol na cabeça, a orelha até vermelha de sol, e o cara desmaiado. Resolvemos ir ao shopping comprar uma barraca nova, aí chutamos o balde, pegamos logo uma pra cinco pessoas. A noite seguinte parecia em hotel cinco estrelas...
Tenho mais umas dez histórias dessa viagem, que marcou pro resto da vida como "a" viagem de curtição.
PS: o cara das fotos engraçadas é o Tupã.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Jogatina

Fala sério, quem não curte um joguinho de cartas? Eu sempre gostei e sempre juntei amigos pra isso, principalmente Poker quando morava em Viçosa. Chegamos a jogar semana sim, semana não, nas quartas feiras, cada dia na casa de um. Sempre regado a cerveja e tira-gosto, mas nunca falávamos mal da vida dos outros (acreditem... tá, nem eu acreditei). Dose era conseguir parar de jogar antes de meia noite pra não ficar morgando no serviço no dia seguinte. Tinha dia que rolava a empolgação e só acabava às três da matina.
No início usávamos fichas, com valores diferentes para cada cor, depois simplificamos e começamos a usar moedas. Não era uma jogatina tipo cassino em que o indivíduo perdia até a mulher (alguns tinham até vontade de fazer isso...), o máximo que um azarado perdia era dois, três reais. E quem ganhava muito era uns sete, oito reais. Eu tinha uma latinha-cofrinho onde guardava moedas e passei a carregá-la nos dias de jogo. Era sempre divertido e alguém sempre acabava sendo sacaneado.
Teve outro jogo que aprendi na faculdade, nem precisa falar o nome, só digo que era um pouco barulhento. Mas eu nem me viciei nele... trucoooo! Legal que já virou verbo, quer duvidar da pessoa, mas duvidar mesmo, é só mandar um trucooo na orelha do mentiroso. E o mais interessante é que eu jogava melhor depois de tomar umas. Por isso toda vez que alguém fala truco perto de mim dá um resquício de ressaca, uma dor de cabeça só de lembrar. Tive bons parceiros em Viçosa, geralmente os amigos mais próximos. Essa é uma vantagem da amizade, não precisa dizer nada, só olhar pro caboclo já dá pra saber se tá com uma boa mão. Lembrei de um ditado: "sexo é igual truco, se não tiver um bom parceiro é melhor que tenha uma boa mão".
Outro jogo que curto muito é buraco, é o que mais jogo ultimamente. Em família é sempre o mais jogado, minha prima e minha mãe são viciadas. Ensinei pra minha namorada e ela viciou rapidinho. Pena não termos parceiros para jogar de dupla, jogamos muito um contra o outro, mas é mais emocionante em dupla. Na semana passada batemos de novo minha irmã e minha mãe, fechando as disputas em 2 a 1 pra nós (começamos em São Paulo). Já estamos combinando o próximo embate...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Puberdade felina

Há pouco mais de um mês a Gi notou um comportamento estranho da Belinha, nossa gatinha. Ela estava se contorcendo muito, miando de um jeito diferente, principalmente à noite e se esfregando em tudo que via. Preocupada, veio conversar comigo:
- A Belinha parece que está passando mal, fica miando como se estivesse chorando, se enrosca em tudo e se contorce no chão, acho melhor levá-la ao veterinário.
Observei bem os "sintomas", ouvi o miado choroso, olhei bem pra carinha de safada dela e mandei o diagnóstico:
- Isso é vontade de dar.
Pesquisei na Internet e não deu outra. Nossa menina tá virando mocinha! Não tem nem um ano e já entrou no primeiro cio. O problema é miação que ela arruma de madrugada. Não chega a nos incomodar, e apesar de nenhum vizinho ter reclamado (ainda), estamos pensando em castrá-la, dá uma dó ver a bichinha chorando e se esfregando pela casa. Porém, no primeiro veterinário que consultei, adiei um pouco a operação, vai ficar em mais de quinhentos reais a brincadeira.
Há uma alternativa, no hospital veterinário da universidade fica pela metade do preço, mas mesmo assim vamos deixar ela se esfregar mais uns dias, pois gato tem a vantagem de fazer sexo oral em si mesmo. Ameniza pelo menos a vontade...

Agora veja a foto seguinte: onde está a gatinha?
A danada consegue entrar na gaveta sem abrir e ainda fica brincando de esconde-esconde!