terça-feira, 9 de junho de 2009

Mais histórias do Paxtel

Ontem, assim que eu publiquei o post anterior, entrei no skype pra comentar com o Nica sobre as histórias. Detalhe, o cara tá na Holanda fazendo MBA. Quem diria heim Nica, você estudando na Europa e eu fazendo mestrado em finanças. Quem nos conheceu em Viçosa ainda se pergunta como é que conseguimos formar. No fim das contas passamos quase uma hora lembrando dos casos da república e rachando de rir. E não tem jeito, as mais hilárias envolviam o Pastel. Na foto acima ele pegou minha televisão no meu quarto enquanto eu estava na aula, à noite (ele fazia isso sempre) e o Veínho foi pro quarto dele fazer companhia. Quando eu cheguei, fui lá recuperar meu entretenimento e me deparei com a meiga cena acima. Não resisti, peguei uma garrafa de vinho e uma camisinha pra compor a cena e tirei a foto, devidamente divulgada nas repúblicas femininas do prédio.
Algumas façanhas do Paxxxtel: ficou de porre numa festa e o Marcelo, que morava com a gente, mandou ele ir embora pra casa porque tava bêbado. Chegou bravo em casa e deu um soco na porta do quarto dele, que já não era muito forte nada, e abriu um buraco nela. Foi tentar arrumar e aumentou o buraco, virou um rombo. No dia seguinte rolou aquela ressaca moral.
Na Copa do Mundo de 94, muito patriota, ele cismou de pendurar uma bandeira do Brasil enorme na janela. Acontece que nossas janelas eram na altura dos fios elétricos, no primeiro vento que deu a bandeira se enroscou nos fios, provocou um curto e pegou fogo! Precisa ver o desespero nosso e de quem tava lá embaixo. Sorte que nenhum patriota passou na hora e veio tirar satisfações com a queima da bandeira brasileira.
Outro dia nos bate à porta a vizinha do andar debaixo, perguntando quem morava no último quarto do lado direito. Perguntamos porque e ela soltou a sentença:
- Fala pra ele ir lá em casa varrer a sala, porque todo dia ele fica picando papeizinhos na janela e enche minha sala de papel.
Paxtel tinha a mania de abusar do alheio, dar aquela filada no rango dos outros. Mas não era por mal, ele achava normal, coisa de família. Mas de vez em quando neguim saía xingando ele porque comeu o último biscoito do pacote, coisas de estudante. Pensando em proteger o patrimônio gastronômico, o Nica passou a trancar o armário. Paxtel não se fez de rogado, depois da terceira investida no armário ele sacou uma chave de fenda pra desmontar a porta e pegar o chocolate especial que o Nica trouxe da casa da mãe. Fazer o que, quando chegou em casa o Nica só conseguiu dar risada do armário desmontado.
O cara sofria de uma carência sem tamanho. Domingo à noite ele pegava o primeiro que via pela frente pra assistir trapalhões com ele (na minha TV, claro) pois o pai dele não assistia com ele quando era criança. E ai do cara que quisesse sair de perto, ele arrumava um jeito de segurar o "amiguinho". E se a pessoa começasse a ler jornal ou revista, ele chorava: "Você não está prestando atenção! Meu pai fazia a mesma coisa!"
Um certo dia que ele matou aula e o Nica perguntou porque, e ele disse que a mãe dele tinha mandado ele pra aula com febre uns 10 anos antes, então ele estava se vingando dela matando aula aquele dia. Bem que dizem que vingança é um prato que se come frio. Nesse caso, gelado.
E teve ainda uma noite em que ele estava chegando da Universidade de bicicleta e parou no orelhão, a 50 metros do prédio, pra ligar pra mãe dele e na hora de ir embora esqueceu a bicicleta lá, que foi levada pelo primeiro espertinho que passou. Como Paxtel ficou triste...
Com as mulheres era um mistério, tinha até fã clube, mas se fazia de difíiiicil que só vendo. Quando uma japonesa amiga nossa conseguiu romper a barreira e arrancar uns beijos e amassos com ele, quando a coisa esquentou ele afastou e perguntou sério pra ela: "que tipo de homem você acha que eu sou?". Pronto, a menina apaixonou. Mas quem conseguiu mesmo furar a barreira foi a Dani, não só porque ele gostava dela, mas porque ela era bem mais forte e ele não conseguia fugir dela.
Na real o Paxtel foi uma grande figura que passou por Viçosa e além de bons amigos deixou muitas histórias! Grande abraço ao nosso amigo Fabrício, sempre Paxtel pra nós!

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