terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nostalgia

Estive na casa da minha sogra neste fim de semana e me deparei com um objeto inusitado: este velocipede de mil novecentos e bolinha, que minha namorada brincava com a irmã quando eram crianças. Não chega a ser nem anos 80, é da década de 70 mesmo. Bateu a maior nostalgia, lembrei-me de empurrar meus irmãos mais novos, e lembrei também de um episódio: certa vez fui empurrar meu irmão num velocipede e empurrei tão forte que ele caiu pra tráz e quebrou o braço. E eu, claro, levei aquela bronca dos pais. E eu todo inocente: "mas foi ele que pediu, não tenho culpa se o moleque não conseguiu controlar e caiu pra tráz..."
O detalhe é que sou quatro anos mais velho que ele, e eu já era maior que os meninos da minha idade, imagine a diferença pro maninho. Geralmente nas nossas brincadeiras ele acabava se machucando, e quando chorava e meu pai vinha quente pra saber o que aconteceu, eu fazia a chantagem:
- Fala que você caiu sozinho, senão te dou porrada depois!
E na maior parte das vezes ele falava isso. Ô maldade...
Detalhe: esse velocípede hoje em dia não passaria em nenhum teste do INMETRO. Cheio de pontas, beiradas cortantes, enferrujável... mas nunca fiquei sabendo de ninguém que morreu por causa de um desses. Não seria algum exagero esse superprotecionismo de hoje?

2 comentários:

  1. Nossa bateu a maior nostalgia agora vendo o triciclo e lendo teu relato....quando eu tinha 4 anos morava no interior do Rio Grande do Sul,em uma fazenda,mas meu irmão ganhou um desses,e como ele via o pai e todos andando a cavalo,e puxando arados ele amarrou uma corda e puxava o triciclo,que rolava claro,e eu como sempre fui moleca,dei muitos safanões nele,por muitas vezes para andar pedalando...saudades do tempo da inocência,e nem precisava capacete e joelheiras né?

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  2. Adorei teu blog ;-)

    Putz, eu caí do andador e tenho cicatriz no supercílio até hoje. De triciclo eu não sei, mas conheci casos de morte por causa de andador e de falta de cadeirinha no carro :-(

    Minha filha ganhou um brinquedinho sem o famoso selo e brincou com ele por semanas, até que encontrei bolinhas verdes, menores que ervilhas, pela casa toda, que o dito cujo começou a soltar depois de uma queda. Perfeitas para uma criança pequena como a minha comer, enfiar no nariz, essas coisas...

    Viva o Inmetro!

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