sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Orkut, o terror dos safados


Desde que entrei no orkut sempre elogiei o site, sempre achei uma forma muito legal de reencontrar velhos amigos e encontrar pessoas com interesses em comum. Já vi muita coisa legal nele e muita porcaria também, mas isso faz parte de uma rede de relacionamento tão ampla.
Mas o que me intriga é eu ainda ser membro e nunca ter me desligado, depois dos perrengues que passei através dele. Até no acidente que me deixou paraplégico ele tem uma parcela de culpa.
Nas vezes em que me dei mal sempre tinha mulher no meio. A primeira vez foi um scrap de uma ex-namorada dizendo que foi bom me encontrar depois de tanto tempo. Mas a atual namorada da época não tinha ficado sabendo deste encontro, que apesar de ter sido casual e não ter acontecido nada demais, é uma missão impossível explicar pra mulher ciumenta.
Em outra oportunidade um chegado querendo ser simpático falou que me tinha me visto no boteco no dia anterior, mas eu estava "ocupado". Ferro de novo, pra namorada eu tinha ido direto pra casa.
Mas a grande merda que aconteceu deu origem a um término de namoro. Eu estava em Floripa, a namorada em Viçosa. Fui com uns amigos pra Camboriú, eu contei isso, fomos pra uma boate (uma puta boate: Ibiza), e no final, na hora de ir embora, um infeliz da turma resolveu tirar umas fotos aproveitando a decoração do lugar. Foto vai, foto vem, eu me desviando dos flashs, fomos embora.
No dia seguintes, eu no meio da aula e meu celular toca insistentemente. Não atendi, e chegou depois uma mensagem: "Você é foda mesmo, tá tudo acabado." Saí da aula pra entender o recado e a mulé me afirma que viu uma foto minha no orkut beijando uma menina na boate. Tática padrão, neguei até a morte, me confundiu com alguém, mas um detalhei me quebrou: eu estava com uma camisa que tem um detalhe na gola, difícil de se ver por aí. Corri pra internet pra confirmar a cagada: o meu "amiguinho" que tirou as fotos não percebeu que em uma delas, ao fundo, no escuro, estava eu quase engolindo uma loira. O cara nem teve culpa, não tava fácil de enxergar, mas a ninja conseguiu esta peripécia, principalmente por causa do tal detalhe na gola. Mas um aparte: essa menina era ninja mesmo, descobria tudo que eu fazia de errado. Uma vez eu quis guardar um e-mail carinhoso de uma ex-rolo cheia de saudade e salvei na pasta de um programa, tipo um daqueles arquivos que a gente nunca abre: "registre.txt". E não é que a mulé descobriu? Ninja.
E essa mesma ex-namorada participou dos eventos que levaram ao meu acidente. Depois do término, eu de férias em Minas e ela querendo me ver. Eu estava em Juiz de Fora e disse que não ia pra casa dela (em Viçosa) no sábado porque estava cansado. Cheguei no domingo lá pelas duas da tarde, almoçamos, curtimos o dia, e na segunda ela saiu para trabalhar e eu fiquei dormindo. Lá pelas dez da manhã ela chega bufando, repetindo o parecer: você não vale nada, mente pra mim, etc, etc. Eu ainda com sono e lá vem o orkut de novo: ela tinha acabado de ver uma mensagem de uma garota de Juiz de Fora falando assim: "bom restinho de domingo pra voce..." Pronto detonou comigo.
Eu só ia embora na terça, mas admiti o erro, afinal não estávamos namorando, eu não devia explicações, mas realmente menti que ia descansar e fui pra boate com meu irmão e saímos de lá umas quatro da matina, deixei a menina em casa lá pelas seis e meia.
Logo tirei o time pra BH e na saída da cidade, passando pela loja de um amigo vi a moto nova dele reluzente e pensei: "finalmente vou dar uma voltinha na máquina!" Maldita voltinha...

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