Pensam que, só porque o cara tá fudido, quebrado, todo esfolado, de cabeça raspada, com 345 parafusos nas costas e ainda paralisado do peito pra baixo vai deixar de cair matando na mulherada? Nana-nina-não. Dá mole pra você ver, dá.
Bem, uma pessoa normal nem pensaria nisso, mas um lesado... Acompanha comigo: eu estava há dois meses solteiro depois de um namoro de um ano e meio, tava morando em Floripa, conhecida como "ilha da magia" (acho que é porque até um esquisitinho arruma mulher gata lá - mágica!) e sempre tive um lado meio "Don Juan", porque eu ia sair do "ritmo" e parar a fila?
Mas acontece que assim que sofri o acidente voltei com a ex-namorada (a do um ano e meio). Porém, não era esse meu objetivo. Tanto que eu estava indo embora pra Floripa sem reatar o namoro. Mas veio o acidente, ela me ajudou muito, sou muito grato por isso, mas o relacionamento tava mais capenga que eu.
Como todo bom pegador, tenho um "radar" de potenciais presas. Chegando ao hospital, a enfermeira que me recebeu era simplesmente a mais gata do lugar. Morena, cabelos lisos, olhos verdes, pele clarinha. E um corpitcho daqueles. O radar apitou na hora. Mas eis que no reconhecimento da presa, um detalhe meio chato: uma puta aliança na mão esquerda. Pensei: vai dar um certo trabalho... Olha a irresponsabilidade do animal: nem andar eu podia, muito menos correr de marido traído. Mas um bom pegador transforma obstáculos em vantagens: quando é que o cara vai desconfiar de um paraplégico?
Aquela história: papo vai, papo vem, descobri que ela estava separada, morando em casas diferentes, prestes a chutar o balde, apesar de o cara querer voltar. Radar avisa: presa na mira. Ataque número 1: "a que horas larga o plantão? Que faz depois?" E ela "Tenho aula na faculdade". Hm, presa se afastando. "Não pode matar uma aulinha?" Ela: "Quem sabe...". Presa na mira de novo. Daí em diante ela largava o plantão e ficava no hospital, batendo papo com o lesado mais gato do pedaço.
Ataque número 2: eis que uma noite, como quem não quer nada, disparo um "está frio, passa manteiga de cacau em mim" e ela "passo, já passei em mim" e o cachorro aqui "então passa em mim sem usar as mãos". Pow, tiro certeiro, presa abatida.
Na sequência, o lance foi ficando bom, eu estava de saída do hospital e precisava de uma enfermeira nos primeiros dias em casa, e não é que ela tinha férias pra tirar? Santa coincidência, batman. Com a ida pra minha casa a coisa muda: pula fora do marido logo, ranca essa aliança que me viro com minha namorada. Assim foi feito e viveram felizes para sempre... até o próximo capítulo.
Enquanto isso, uma outra ex-namorada minha estava me rondando. Visitava sempre, ligava toda semana, e um dia soltou: larga essa bruaca que eu caio dentro. Fiz licitação, estudei a melhor proposta e agendei um test drive. Acredita que eu, numa cadeira de rodas, dei o famoso velho truque do perdido no carnaval pra encontrar a ex?
Test drive feito, proposta estudada, não é que o trem era miózim? A mulher gostava de mim desde que terminamos há quatro anos, morava em Salvador e veio no carnaval pra BH só pra me ver (a princípio achei que ela tinha um parafuso a menos). Disse que se eu pulasse fora da lambisgóia voltava pra BH rapidim, dava casa, comida e roupa lavada. Então tá né, tô fazendo nada mesmo. Lá fui eu pagar pra ver. Aquela velha "saída pela direita" na enfermeira, e investindo tudo na ex. Mas dessa vez era diferente: não era uma pegada, já havia pegado muuuito. Era uma investida de verdade, barba, cabelo e bigode, praticamente uma pré-aposentadoria das pilantragens.
Agora sim, viveram felizes para sempre!!
Mas acontece que assim que sofri o acidente voltei com a ex-namorada (a do um ano e meio). Porém, não era esse meu objetivo. Tanto que eu estava indo embora pra Floripa sem reatar o namoro. Mas veio o acidente, ela me ajudou muito, sou muito grato por isso, mas o relacionamento tava mais capenga que eu.
Como todo bom pegador, tenho um "radar" de potenciais presas. Chegando ao hospital, a enfermeira que me recebeu era simplesmente a mais gata do lugar. Morena, cabelos lisos, olhos verdes, pele clarinha. E um corpitcho daqueles. O radar apitou na hora. Mas eis que no reconhecimento da presa, um detalhe meio chato: uma puta aliança na mão esquerda. Pensei: vai dar um certo trabalho... Olha a irresponsabilidade do animal: nem andar eu podia, muito menos correr de marido traído. Mas um bom pegador transforma obstáculos em vantagens: quando é que o cara vai desconfiar de um paraplégico?
Aquela história: papo vai, papo vem, descobri que ela estava separada, morando em casas diferentes, prestes a chutar o balde, apesar de o cara querer voltar. Radar avisa: presa na mira. Ataque número 1: "a que horas larga o plantão? Que faz depois?" E ela "Tenho aula na faculdade". Hm, presa se afastando. "Não pode matar uma aulinha?" Ela: "Quem sabe...". Presa na mira de novo. Daí em diante ela largava o plantão e ficava no hospital, batendo papo com o lesado mais gato do pedaço.
Ataque número 2: eis que uma noite, como quem não quer nada, disparo um "está frio, passa manteiga de cacau em mim" e ela "passo, já passei em mim" e o cachorro aqui "então passa em mim sem usar as mãos". Pow, tiro certeiro, presa abatida.
Na sequência, o lance foi ficando bom, eu estava de saída do hospital e precisava de uma enfermeira nos primeiros dias em casa, e não é que ela tinha férias pra tirar? Santa coincidência, batman. Com a ida pra minha casa a coisa muda: pula fora do marido logo, ranca essa aliança que me viro com minha namorada. Assim foi feito e viveram felizes para sempre... até o próximo capítulo.
Enquanto isso, uma outra ex-namorada minha estava me rondando. Visitava sempre, ligava toda semana, e um dia soltou: larga essa bruaca que eu caio dentro. Fiz licitação, estudei a melhor proposta e agendei um test drive. Acredita que eu, numa cadeira de rodas, dei o famoso velho truque do perdido no carnaval pra encontrar a ex?
Test drive feito, proposta estudada, não é que o trem era miózim? A mulher gostava de mim desde que terminamos há quatro anos, morava em Salvador e veio no carnaval pra BH só pra me ver (a princípio achei que ela tinha um parafuso a menos). Disse que se eu pulasse fora da lambisgóia voltava pra BH rapidim, dava casa, comida e roupa lavada. Então tá né, tô fazendo nada mesmo. Lá fui eu pagar pra ver. Aquela velha "saída pela direita" na enfermeira, e investindo tudo na ex. Mas dessa vez era diferente: não era uma pegada, já havia pegado muuuito. Era uma investida de verdade, barba, cabelo e bigode, praticamente uma pré-aposentadoria das pilantragens.
Agora sim, viveram felizes para sempre!!
Cara, cheguei ao seu blog meio sem querer...
ResponderExcluirMuito Bom!!
Estou no mesmo caiaque furado que vc. E da mesma maneira, com humor, vou tocando essa vida nova.
Se me permitir, vou linkar seu blog ao meu.
Grande abraço.
Evandro
cara, adorei o seu blog, sou estudante de engenharia em florianópolis e achei esse blog por um trabalho de acessibilidade para um estudante0 que eu tenho que fazer
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