domingo, 24 de janeiro de 2010

Amigo pá caralho (2)


Outro cara amigaço desde a época de faculdade é o companheiro de gole da foto acima. Naquele momento estávamos em Blumenau na Oktoberfest e esse foi nosso café da manhã: chopp de graça (com muita espuma). Fabrício é de Viçosa, e também fez administração. Daí já podem tirar que o povo da adm é tudo doido. Assino embaixo. Em Viçosa compomos por um bom tempo um trio parada dura, junto com Tupã, outro nativo de Viçosa. Estávamos em todas as festas, viagens, botecos, casamentos, velórios, batizados, onde tivesse uma aglomeração (leia-se mulher) a gente tava dentro. Certa vez fomos pra Poços de Caldas num encontro de estudantes e ele entrou numa muvuca que viu em um prédio e de repente percebeu que era um velório na Câmara Municipal. Mas tinha cerveja. E mulher.
Quando o trio foi pra Oktoberfest, descobrimos que o cara também é ninja. Ficávamos juntos bolando estratégias de ataque, eu virava pro Tupã pra falar alguma coisa, e quando íamos perguntar pro Fabrício, ele tinha sumido. Do nada. A gente procurava, procurava (e olha que somos altos) e nada do rapaz. Quando a gente desistia, olhava pro lado... e lá estava o cara, aparecia do nada. Dava até susto.
Feibs, como eu sempre o chamei, é muito inteligente e estudioso, e por isso mesmo, meio perturbado. Mas o que eu admirava na época de faculdade é que o cara estava sempre nas festas e botecos e mesmo assim tirava notão em todas as matérias. E sempre foi divertidíssimo sair com ele, sempre dava alguma pala. Dotado de uma incrível falta de sequência, ele viaja a cada cinco segundos. Começa a falar uma coisa, muda de assunto no meio, responde uma pergunta que vc fez há cinco dias, e depois volta pro assunto original. É uma comédia.
Em uma festa à fantasia no ginásio da UFV ele resolveu pegar o caldeirão que uma garota tinha feito de cartolina pra fantasia de bruxa, colocou na cabeça e saiu rodando pelo salão. Rodando e trombando, como não tava vendo nada derrubou umas quinze pessoas. E eu atrás dele, pra evitar uma confusão maior, já que ele trombava em casais e os caras ficavam meio putos, até que consegui tirar o caldeirão da cabeça dele. Ele sempre era desorientado nas festas, sóbrio ele já é doido, imagina bebendo.
Em outra festa no ginásio, Feibs já chegou pra lá de Bagdá. Entramos, rodamos, azaramos, e como sempre Feibs sumiu de uma hora pra outra. No dia seguinte, ele chegou bravo pra gente: "pô, sacanagem, deixaram eu dormir no carro e nem me chamaram pra entrar na festa." Todo mundo se olhou assustado e tentamos explicar pro rapaz que ele tinha entrado, ficou uma meia hora e desapareceu. E ele: "ah, qualé, quando cheguei na festa resolvi dar um tempo no carro e acordei lá pelas quatro da manhã!" E não adiantava tentar explicar que ele tinha entrado, já tava puto da vida porque não aproveitou a festa, e a culpa era nossa. Pelo menos não foi dirigindo pra casa chapado, curou depois de quatro horas de sono.
Nessa foto aí debaixo estou brindando com ele a esposa. É, ele conseguiu alguém pra tomar conta dele, esse menino solto por aí é um perigo. Pelo menos ela se diverte muito com as maluquices dele.

Apesar de atleticano, é um cara muito bacana, do bem, e amigo pra caramba. Apesar de atleticano, é um dos caras que mais me orgulho de ser amigo. Apesar de atleticano, é bem humorado, animado e continua muito engraçado. Mas tinha que ser atleticano...

Nenhum comentário:

Postar um comentário