segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Amigo pá caralho (1)


Inspirado no post anterior vou prestar uma homenagem aos caras que considero amigos pá caralho. Não tem ordem de mais amigo ou menos amigo, vou listar os que derem na telha. Mesmo porque amigo meu não tem essa viadagem de amiguinho do coração, é tudo chegado do mesmo tanto.
O rapaz alegre à direita da foto acima é o Tangão, vulgo Daniel, parceiraço desde nem sei quando. Ele também formou em administração em Viçosa, era da turma de 94, dois anos depois da minha. Sempre nos esbarrávamos nas festas e bares mas ficamos mais amigos depois da formatura, afinal éramos dinossauros assumidos de Viçosa. Quem fica em Viçosa depois da formatura sente a diferença em relação à época de estudante. Nos primeiros anos nem tanto, mas depois do quarto ano já não conhecemos muita gente da universidade. Aí é que os dinossauros se unem, saem à caça para cercar as vítimas de um lado enquanto o outro ataca do outro. No final conseguíamos sair com alguns pedaços de carne na boca. Literalmente.
Eu e Tangão temos história pra caramba. Já fizemos altas parcerias com mulher, pegando irmãs, primas, colegas e até inimigas. Sempre me lembro das nossas viagens de carro de Viçosa para BH. Saíamos de Viçosa sexta à noite ou sábado depois do almoço e a viagem durava umas quatro ou cinco horas (normalmente não chegava a três). O "problema" é que íamos parando nas cidades do caminho para tomar umas, jogar sinuca ou azarar umas gatinhas em uma festa que estivesse rolando (a foto acima é numa dessas, em Ouro Preto). Numa dessas secamos uma garrafa de Vodka Lemon (se me lembro bem). Mas não era coisa de ficar chapado, tínhamos responsabilidade e um fígado poderoso que não deixava a cachaça subir.
Mas engraçado mesmo foi quando levamos um filhote de Labrador para a irmã de um amigo nosso. O cachorro era preto e o carro do Daniel na época era uma picape Fiat. Nesse dia viajamos à noite, saímos de Viçosa umas seis e meia da tarde e pegamos estrada. Coloquei o cachorro nos meu pés e fiquei de olho nele. Paramos pra tomar uma e deixamos o cachorrinho lá. Voltamos e já estava escuro. Chegando em Mariana, tava rolando a maior festa na rodoviária (a rodoviária de lá é bacana, não é coisa xula não). Pensei em levar o cachorro pra dar uma volta na grama, fazer necessidades, sei lá. Fui pegar, e cadê o bicho? Ligamos as luzes internas, procurei o bicho no chão, embaixo do meu banco e nada. Não era possível, em uma cabine de picape o bicho sumir. Olhamos atrás dos bancos e nada. Só faltava embaixo do banco do Daniel, e lá estava o bichinho, todo encolhido.
Peguei ele e levei pra grama perto dos banheiros químicos. Resolvi aliviar a bexiga e fiquei com a porta meio aberta vigiando o neguinho. Foi só me virar pra fechar o zíper e ele sumiu. Procurei atrás dos banheiros, na frente e nada. Mais uma vez o malandro se escondeu, desta vez entre dois banheiros. Peguei e percebi que ele tinha feito um cocozinho na grama. Ficamos um tempo lá, curtimos a festa e fomos embora. Mas no caminho, um puta fedor de cocô. Achei que o bichinho tinha pisado e paramos pra limpar. Pegamos uns jornais que tinha no carro e realmente ele tinha um pouquinho nas patas. Limpamos e relimpamos e voltamos pra estrada. Mas o cheiro de cocô continuava forte. Tivemos que parar de novo e descobrimos o culpado: eu tinha pisado no cocô também e meu sapato tava todo borrado. Limpei o pé mas o cheiro já tinha impregnado a cabine. Resultado, fomos até BH com as janelas totalmente abertas, num frio danado, mas colocando a cabeça pra fora. Chegamos lá que nem picolé. Foi a entrega mais catinguenta que já fiz.

Daniel é um grande parceiro até hoje, não dá mais pra sairmos juntos atrás da mulherada (tô enforcado, digo, casado) mas ainda somos amigos pá caralho!

2 comentários:

  1. OI, ADORO COMO VC ESCREVE, PARECE MUITO SINCERO,ESTA VIAGEM REALMENTE FOI INESQUECÍVEL,TALVES EU , MY LOVE,M. SOGRA, M. CUNH, E MEU CUNH.IREMOS PARA BH NESTE FERIADO DO CARNAVAL, QUEM SABE TE VEJO POR LÁ BJOKAS!ADOREI ESTE POST, TEM NOTÍCIAS DO DOG?RSRSRSR.

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  2. Oi Manu, estarei por aqui no carnaval, vou aproveitar pra por em dia minha "bagagem filmística", e devo passear pro cidades vizinhas. Se não conhece Ouro Preto e Lavras Novas, taí a dica! O Dog tá preso na coleira... heheh beijão

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